O ecólogo Wilson Spironello chama atenção para medidas de proteção ao Sauim-de-coleira, macaco caiarara ou macaco-de-cara-branca e cuxiú-preto.
Nova gestão da SBPr
Por ser a Amazônia uma região que apresenta a maior diversidade de primatas e pela necessidade de estimular estudos e programas voltados para a conservação e a formação de recursos humanos, foi sugerido pelos membros da entidade um nome da região Norte para presidir a SBPr para o biênio 2014-2015.
Além de Wilson Spironello (presidente), fazem parte da nova diretoria a professora da Universidade Federal de Rondônia, Mariluce Messias (vice-presidente); o professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) Marcelo Gordo, e a doutoranda do Inpa, Cristiane Rangel, ambos tesoureiros; e Fernanda P. Paim e Felipe Ennes como secretários. Os dois últimos são do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá.
A nova gestão da SBPr realizará em Manaus o XVI Congresso Brasileiro de Primatologia, que deverá acontecer em agosto de 2015. Para o novo presidente, entre os desafios a serem superados pela entidade está o de tentar dar mais visibilidade às pesquisas na área de primatas e trabalhar no sentido de envolver a sociedade nas questões de conservação. “O quadro é bastante preocupante, mas nem por isso vamos recuar no desafio de trabalhar em prol do conhecimento e na preservação das espécies”, diz Spironello.
O novo presidente da SBPr ressalta que o Brasil possui a mais rica fauna de primatas do planeta em diversidade de espécies. Só no Brasil, são reconhecidas 139 espécies, sendo 111 somente na Amazônia, cujo número deve aumentar com o avanço de análises genéticas e com a intensificação de levantamentos em áreas pouco ou nunca inventariadas. Ele explica que desse total, 36 estão sob ameaças, de acordo com os estudos do ICMBio.
Saiba Mais
Wilson Roberto Spironello, 59 anos, é graduado em Ecologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e doutor em Biology – University of Cambridge. Atualmente, é pesquisador-titular do Inpa, atuando principalmente nos seguintes temas: conservação e manejo; nas áreas de ecologia de interações, com enfoque em espécies arbóreas de interesse comercial; e de ecologia e monitoramento populacional de mamíferos de médio e grande porte.
(Luciete Pedrosa / Assessoria de Comunicação do Inpa)
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